Vocação: resposta amorosa ao Pai
- vocacionalredentor
- 29 de ago. de 2019
- 3 min de leitura

“Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado, entrou na sinagoga, e se levantou para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor’. Em seguida Jesus fechou o livro, entregou-o na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então Jesus começou a dizer-lhes: - ‘Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir’” (Lc 4,14-21).
Amigo internauta, ao dizer-lhes algumas palavrinhas sobre “VOCAÇÃO”, eu o faço reportando- me a Jesus Cristo, Vocacionado (por excelência) do Pai. Tenho na mente e no coração os dizeres do discurso programático da vida de Jesus, segundo o evangelista São Lucas: passagem bíblica tão cara ao nosso fundador Santo Afonso, a qual lhe serviu de balisa para fundar uma congregação missionária (a Congregação do Santíssimo Redentor).
Sabemos que a palavra vocação tem sentido amplo, abrangente e inesgotável. Entretanto, optei por concebê-la como “situação de toda nossa vida diante de Deus” 1 . Certos de que Deus nos ama na inteireza e singularidade de nosso ser, este amor exige de nós “um caminho de resposta”, que passa pelo “discernir e descobrir o que Jesus” nos pede. E Ele quer a nossa amizade; oferece-nos “uma história de amor, uma história de vida que quer se misturar com a nossa e criar raízes na terra de cada um”; que quer “se entrelaçar com as nossas histórias” e nos impulsionar a produzir frutos que permaneçam, “onde quer que estejamos, como e com quem estejamos”.
Sabemos que a nossa vocação também se traduz em resposta amorosa ao Pai, a modo de Jesus, sob a ação do Espírito. Neste sentido, os versos bíblicos acima exigem de nós que participemos da obra criadora, redentora e santificadora do Pai, contribuindo “para com o bem comum a partir das aptidões que recebemos”. Com isso nossa vocação ganha uma qualificação missionária, isto é, torna-se serviço prestado aos irmãos e irmãs. Não se trata de desembestamente “fazermos coisas”, mas sim de darmos qualidade e significado ao que fazemos. Isto é vocação! Precisamos desenvolver-nos! Precisamos fazer germinar e crescer tudo o que somos! Precisamos descobrir o real sentido da nossa passagem pela terra! Fomos feitos para quê? Quais os planos do Senhor para nossas vidas? E é jus que Lhe ofereçamos o que temos e somos de melhor para a Sua glória e o bem dos nossos irmãos e irmãs.
Como vocacionados e vocacionadas do Pai, sejamos na Igreja e no mundo o amor (segundo Santa Teresinha do Menino Jesus, nossa vocação é o amor). Procuremos encarnar, em palavras e ações, o conteúdo programático da vida de Jesus e realizá-lo segundo o que bem expressa e canta Pe. Zezinho, scj: “amar como Jesus amou; sonhar como Jesus sonhou; pensar como Jesus pensou; viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia; sorrir como Jesus sorria; e, ao chegar ao fim do dia, eu sei que dormiria muito mais feliz”.
“Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês!” (2Cor 13,14).
Autor: Pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R.
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