A descoberta da vocação como ponto de partida
- vocacionalredentor
- 11 de jan. de 2018
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Pensado com dinâmica mais leve e permeado pela oração, assim foi o Estágio Vocacional 2018 da Província Redentorista Minas-Rio-Espírito Santo. As atividades começaram no dia 05 de janeiro e terminam na manhã de hoje, 11, no Seminário da Floresta em Juiz de Fora(MG) com Celebração Eucarística. A equipe de trabalho coordenada pelos formadores da Comunidade Vocacional Santo Afonso, padre Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R.. e irmão Pedro Magalhães, teve a colaboração dos padres Bruno Alves, C.Ss.R., Promotor Vocacional; Padre José Maurício de Araújo, C.Ss.R., Secretário de Formação; Irmão João Paulo da Silva, C.Ss.R.., Fráter Marcos Paulo, C.Ss.R., os seminaristas da Comunidade Vocacional São Clemente - Thiago Gomes, Thiago Costa, Jefferson Lucas e Carlos Renato e as psicólogas Anna Paula Gomes e Andréia Espíndola. Antes de começar efetivamente as atividades, a equipe se reuniu no dia 04, a fim de acertar detalhes para que tudo estivesse em harmonia. O que de fato aconteceu, conforme afirma o coordenador, padre Fagner Dalbem, C.Ss.R..
- A equipe estava muito entrosada e o encontro foi bastante tranquilo. Os 10 jovens participaram bem, mergulharam na proposta. O estágio foi leve e muito positivo. Destes, sete seguirão para a Comunidade Vocacional Santo Afonso e dois para a Comunidade Vocacional São Clemente.
Padre Fagner afirmou ainda que é um período para que o jovem descubra a si mesmo e todos os momentos são pensados com este fim. “Cada um traz sua história de vida e a dinâmica de oração favorece esta tentativa de busca. O jovem pode descobrir que deverá continuar seu desenvolvimento na Congregação Redentorista ou seguir um caminho de crescimento fora dela.
De acordo com a psicóloga Andréia Espíndola, a busca pelas respostas em si mesmo e o mundo do jovem permeado de estímulos, são aspectos que configuram grandes desafios.
-Estamos diante de uma geração que se aprofunda menos, de comportamento mais volátil, que reflete o perfil de nossa sociedade de forma geral. Todos têm acesso à comunicação, mesmo aqueles de cidades interioranas. Assim, temos que trabalhar bastante a questão da dificuldade de construir sentido para as escolhas da vida. Mas ao final, é sempre satisfatório ver o quanto o jovem cresceu. E o processo inicial de formação busca muito isso.
Em sua homília, padre Bruno Alves, C.Ss.R., destacou que foi um tempo de bênçãos e descobertas. “Vivenciaram momentos de mistura de emoções, dores, tristeza , dificuldades, mas também de alegrias e conquistas. Lembrou que não basta a descoberta da vocação, é preciso dar passos para descobrir o melhor em si mesmo e também de quem está ao meu redor. Vocação é ponto de partida”
“Eu sou maior do que era antes”
O estágio é, para quem está chegando uma descoberta de um mundo novo, mistura de sentimentos, por ser uma porta aberta para um ano que começará com novos projetos e funciona também como momentos de revisão para aqueles que já estão na caminhada de formação.
A troca de experiências é sempre enriquecedora, pois quem já está na Congregação consegue se motivar vendo que a caminhada vale a pena por estar chegando jovens novos e o mesmo acontece com os vocacionados que veem em quem prosseguiu na formação um estímulo para começar:

- Conheci a Congregação por meio da Paróquia que frequento. Recebi um convite de uma irmã Paulina durante um trabalho missionário, que logo levou minha correspondência para o padre Bruno. Comecei o acompanhamento e me despertei para o desejo de ser um missionário. Encantei-me pela forma como os Redentoristas lidam com o próximo. Sinto que posso seguir a caminhada proposta por Santo Afonso. Já vou começar experimentando isso na convivência com meus companheiros. Conta Rodrigo Luiz dos Santos, 16 anos da cidade de Coronel Fabriciano (MG).

- Conheci os Redentoristas através dos meios de comunicação. Achava bonito o carisma e aí surgiu uma vontade na adolescência, quando eu estava no quinto ano. Uma professora de Ensino Religioso me motivava bastante. Deixei a ideia por um tempo adormecida e há uns dois anos atrás a vontade retomou forte em meu coração. Procurei meu Pároco e depois entrei em contato com o padre Bruno. A experiência do estágio foi uma experiência encantadora. Conviver com padres, irmãos, seminaristas, fráteres, dá a esperança de que viver em comunidade é gratificante. O apoio das psicólogas também é essencial. Lembra Matheus Correia dos Santos, 18 anos de Coronel Fabriciano (MG).
Para quem já está no processo de formação é compensador poder colaborar com o crescimento de outro jovem. Depois de passar três anos na Comunidade Vocacional São Clemente, o seminarista Thiago Costa começará o ano em outra etapa, seguirá para o Ano SPES. Thiago partilha sua experiência nesta fase da formação:

-Foi um período de desenvolvimento, pude me conectar melhor à Congregação e vida de comunidade, já que, formado em Contabilidade, estava ligado às rotinas de escritório. Fui conhecendo a história dos Santos, Beatos, desenvolvendo mais meu lado humano. Tive oportunidade de vivenciar os trabalhos missionários, o convívio com o povo simples, mais humilde. Também aprendi muito com as comunidades nas quais temos que realizar trabalhos. Pude ainda ampliar meus conhecimentos através dos estudos de Filosofia e buscar maior seriedade e serenidade, o amadurecimento na fé e na espiritualidade. E podendo participar da equipe de trabalho do estágio termino meu ciclo relembrando as alegrias e me reciclando. Agora posso mostrar aos vocacionados que o caminho vale a pena e é bonito, mesmo com as possibilidades infinitas que o mundo oferece. Parto para o SPES com o intuito de ampliar ainda mais estas experiências boas. Será um período de crescimento pessoal mais profundo, de muitas leituras, de estar junto com uma comunidade mais madura, que com certeza terei oportunidade de ver a convivência no dia a dia, já fazendo parte dela, vendo como é a dinâmica de vida comunitária. Estou feliz e animado em dar mais este passo importante rumo à busca por ser um Redentorista.
O Irmão João Paulo da Silva, C.Ss.R., que vai comemorar um ano de sua primeira Profissão Religiosa ainda este mês, também partilha de sua experiência já na Congregação e do quanto a convivência com os vocacionados é motivadora.

-Depois deste tempo de caminhada formativa, após todas as vivências, hoje poder contribuir com quem chega, é uma experiência boa e também posso recordar as etapas pelas quais passei. É também oportunidade de descobertas.É um trabalho missionário e gratificante, que também ajuda no meu processo de humanização. Sigo no fortalecimento do meu vínculo com a Congregação e percebo que outros jovens buscam esse caminho, através da história que cada um partilha, posso me ressignificar.
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