Discernimento e sensibilidade para ouvir o chamado
- vocacionalredentor
- 12 de jan. de 2017
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Após um caminho percorrido desde o dia 5 de janeiro, terminou hoje, 12, no Seminário da Floresta (Juiz de Fora - MG), o Estágio Vocacional Redentorista 2017, da Província do Rio. Os dez vocacionados que participaram já tinham passado pelo Acompanhamento Vocacional e vieram para o estágio a fim de finalizar o processo para avançarem um pouco mais na descoberta da vocação. A coordenação do Estágio ficou aos cuidados dos formadores da Comunidade Vocacional Santo Afonso, Padre Fagner Dalbem, C.Ss.R. e Irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R. Também integraram a equipe de trabalho o Promotor Vocacional, Padre Bruno Alves, C.Ss.R., o Secretário de Formação, Padre José Maurício de Araújo, C.Ss.R., o formador do SPES, Padre Edson Alves da Costa, C.Ss.R., os fráteres Marcos Paulo, C.Ss.R. e Robson Araújo, C.Ss.R. (Comunidade Vocacional Dom Muniz), os seminaristas Jefferson Lucas, Marcos Antônio e Lucas Lima (Comunidade Vocacional São Clemente), além das psicólogas Anna Paula Gomes e Andréia Espíndola.
De acordo com Padre Fagner Dalbem, o Estágio é a etapa definitiva do acompanhamento do vocacionado.
- No Estágio, nós religiosos fazemos o discernimento de cada jovem com o apoio importante da equipe de psicólogas. Ajudamos o estagiário no seu desejo inicial de entrar para a Congregação. Definimos este desejo, fazendo com que o vocacionado entre em contato com a sua história e com o mundo.
As psicólogas Anna Paula e Andréia acreditam que este processo é muito importante para favorecer o discernimento de cada um. “Tudo é organizado para que o jovem alcance o autoconhecimento”. Dentro desta dinâmica são observadas algumas características na personalidade de cada candidato: capacidade de criar vínculos, de socializar, o vínculo religioso/história religiosa, base familiar, história de vida e a estrutura de personalidade.
- O comprometimento maior com a saúde psíquica é condição mínima para entrar em um processo exigente de formação. A saúde psicológica dá condições para que o indivíduo suporte as demandas que virão: perda do seio familiar, necessidade de adaptar às novas pessoas e ambientes e os desafios da área acadêmica.
Exemplos e referência
Nesta caminhada longa, há de se destacar o papel daqueles que podem influenciar e motivar os jovens tanto no chamado vocacional quanto na resposta e no trabalhar desta vocação. A família, os religiosos e a comunidade onde este jovem vive. O Secretário de Formação da Província do Rio, Padre José Maurício, acredita que os exemplos e testemunhos dos sacerdotes e religiosos continuam chamando a atenção de quem sente o desejo de seguir a vida religiosa.
- O testemunho foi a forma com que Jesus arrastou multidões. O testemunho contagia as pessoas para as coisas boas. E o exemplo tem a ver com a coerência, com aquilo que Deus nos ofereceu. O sacerdote completa falando da importância da família: Hoje vemos muitos jovens sem vínculos familiares. E sem a família bem estruturada fica difícil passar valores para o indivíduo. No mundo contemporâneo, a juventude tem muito acesso a informação e pouca formação, por conta do esfacelar da família. É preciso que a família redescubra seu espaço, seu valor. Se não, o jovem vai buscar referência fora, vai seguir algum modelo que seja forte.
Padre Fagner acrescenta que os exemplos e testemunhos são muito importantes, mas que vai depender muito da experiência de fé de cada um.
- A partir da fé, ele consegue concretizar o seu desejo interno. Não existe uma experiência única, cada indivíduo é despertado de uma forma. Os motivos são variados e o exemplo complementa. Se não for pela fé, o jovem até entra, mas não consegue perseverar na caminhada. Ele precisa ver no exemplo sua experiência de fé.
E cabe à comunidade de fé e à família o papel fundamental de motivar quem sente o chamado de Deus. “Todos os jovens têm uma história de fé, alguém que os levaram a esta primeira experiência. A família introduz este jovem na igreja, no entanto ele mesmo precisa desenvolver sua experiência com Deus”.
As profissionais da psicologia destacam a importância dos trabalhos missionários, pois observam que a maior parte dos interessados vem de lugares onde foram realizadas missões.
- Neste mundo de excessos, os jovens estão carentes de referência. E quando encontram alguém em quem possam se espelhar, isso pode ser um alento. O que convida é o que ele vivencia na postura do padre ou religioso. O jovem continua buscando um sentido para a vida, mesmo que não queira ser consagrado, ele busca a espiritualidade.
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