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Santidade, ser ou não ser?

  • vocacionalredentor
  • 13 de nov. de 2014
  • 3 min de leitura

No dia 1° de novembro, a Igreja celebra o dia de Todos os Santos, a festa que começou nos primeiros séculos do Cristianismo e teve sua origem na celebração de tantos homens e mulheres que testemunharam sua fé por meio do martírio. São João nos fala de “uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).Essa festa nos convida a lembrarmos não só daqueles que já tiveram sua santidade reconhecida e são venerados em nossos altares, mas daquela imensa multidão de cristãos que viveram e testemunharam heroicamente sua fé no anonimato do cotidiano da vida. Ao contemplarmos a vida desses homens, mulheres, jovens e até mesmo crianças, somos interpelados a olharmos para o nosso próprio caminho e desejo pela santidade, impresso em nós pelo Batismo. Importa-nos decidirmos ou não pela santidade.


A santidade sempre foi aspirada ao longo da história e impressionou os cristãos de todos os tempos. Mas parece que esta é uma ideia, ou melhor, um programa de vida que está meio fora de moda nos últimos tempos, soa-nos como um ideal demasiadamente alto. Inclusive, poderíamos até pensar: por que celebrar os santos ainda hoje? O abade São Bernardo nos oferece uma resposta: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”. Sim, se os dedicamos esta festa, é essencialmente para lembrarmos que a santidade é possível, que todos os fiéis cristãos são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade.


Como não sentir a tensão das palavras de Jesus: “Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48)? Palavras que dizem da essência do caminho de santidade, a perfeição no amor. Mas os santos não nasceram prontos, como muita gente costuma pensar. Ao contrário, foram tornando-se santos na medida em que se abriam à graça santificante de Deus, passaram pelo caminho da cruz e viveram a alegria das bem-aventuranças. A santidade se realiza no cotidiano da vida, sem a presença de coisas extraordinárias, na nossa condição de pecadores abertos à graça: “Deus deseja que todos sejam santos, e cada um conforme sua vocação e estado de vida: o religioso como religioso, o secular como secular, o padre como padre, o casado como casado, o homem de negócios como homem de negócios, o soldado como soldado, e assim por diante com os outros estados de vida”, é o que escreve Santo Afonso de Ligório.


Não podemos nos esquecer de que a santidade é um dom que surge da nossa comunhão com Deus. Só Deus é santo, mas Ele nos convida a estarmos próximos Dele, sermos tocados por Ele, e devemos nos abrir e nos dispor a acolher este dom em nós. A principal exigência da santidade é o amor, que se traduz na pertença, “ser possuído” pelo amado, e, na nossa resposta, entrega a este amor, amando-o concretamente no próximo, como bem nos lembra São João: “Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4, 20). Santidade é isso, uma entrega mútua entre Deus e a pessoa humana, que acontece na gratuidade e reciprocidade do amor. Que nossa única resolução seja essa de decidir-nos pelo amor, para “atingirmos a santidade”.


Rodrigo Costa - Noviço da Província do Rio



 
 
 

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