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Humanidade nova!

  • vocacionalredentor
  • 6 de ago. de 2014
  • 2 min de leitura

A corrupção atual parece não ter limites, disse alguém. Afirmação proveniente da onda de desvios, roubos, manipulações, descasos com o bem comum. Problemas que afetam instâncias pequenas, todavia que assustam ainda mais quando encontrados em grandes esquemas, em pessoas como juízes, autoridades religiosas, políticos, educadores etc. Ou seja, trata-se de uma perversão quase cultural; banalidade do “tudo é permitido”, desde que o objetivo seja levar vantagens numa época em que a solidariedade parece coisa do passado. Diante deste quadro, infelizmente de cores fúnebres, o cenário torna-se pior quando o ânimo dos bons também diminui. Perde-se, com facilidade, a capacidade de indignação e acostuma-se, facilmente, com uma rotina de abusos que perpassa as áreas mais variadas da existência. E o que dizer dos conflitos maiores que estão dizimando nações, culturas, povos?


Dostoievski, em sua obra Os Irmãos Karamázov, apresenta o dilema: se Deus não existe tudo é permitido! Uma equação que nasce na dramática busca por aquilo que fundamentaria uma opção ética pelo bem. Trocando em miúdos: qual seria o critério de discernimento entre o bem e o mal? Ou, de fato, tudo é permitido? É possível notar que muito mais do que julgar fatos isolados que escandalizam, a sociedade atual, plural e democrática, cada vez mais autônoma e civil, passa por uma encruzilhada que tem como grande interrogação seus fundamentos éticos. Que a agressividade, a rivalidade participam da natureza mais íntima do ser humano, isso a psicologia profunda mostra com clareza. Que o amor oblativo não seja tão espontâneo, a própria teologia revela com discernimento. Ou seja, no espelho de sua alma o ser humano reconhece que não nasce pronto e suas escolhas dependerão de uma consciência formada por destinos de vida ou morte. Em todo caso, o mal participa da sua aventura existencial e o amor é tarefa cotidiana. Necessário, portanto, é reforçar a responsabilidade diante do grande dom que é a vida.


Na aventura existencial, alguns dizem que a razão, por si mesma, pode alcançar a maturidade de fazer escolhas sólidas por valores como justiça, fraternidade, paz. Até mesmo construir um consenso universal na busca pelo bem comum. No entanto, o referencial bíblico-cristão traz luz na difícil arte de construir a existência de maneira íntegra. Assim afirma São Paulo: “Não que eu já tenha alcançado ou que já seja perfeito, mas vou prosseguindo para ver se o alcanço, pois que também já fui alcançado em Cristo Jesus” (Fl 3, 12). Trata-se da firme consciência de que, sem o horizonte da fé, as perguntas mais complexas podem cair em impasses perigosos. Além disso, em Cristo descortina-se o destino mais límpido de felicidade da humanidade, aprofundando a responsabilidade de cada ser humano. Ele, a graça que soma e redime, reforça e ilumina a busca pelo amor. Mirar esse referencial é colocar-se num caminho certo de construção de uma humanidade nova.


Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R.Superior da Província Redentorista do Rio


 
 
 

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