Sempre uma palavra amiga
- vocacionalredentor
- 23 de jul. de 2014
- 3 min de leitura

“Levo em conta a
possibilidade que o Senhor
me dá para aproveitar tudo
o que significa a Eucaristia
para o sacerdote.”
Nascido em Belo Horizonte, em um berço de tradição católica, Padre Mário Ferreira Gonçalves, C.Ss.R., completa 91 anos de idade neste dia 23 de julho. Ordenado em 20 de julho de 1947, toda sua vida reflete entrega e dedicação à causa missionária. Em 1949, trabalhou nas Missões e assim travou seu primeiro contato com Curvelo (MG), onde passou a residir no Santuário de São Geraldo em 1954. Tornou-se Missionário Redentorista, na companhia dos padres holandeses Alfredo Huiygens e Xavier. Fez história ao permitir a entrada de mulheres no convento, em 1969, o que até então era proibido. A presença feminina conferiu desde então um ar de modernidade e leveza ao ambiente. A partir de 1974 assumiu a Coordenação Geral da Liga Católica Jesus, Maria, José, na Igreja da Glória, em Juiz de Fora (MG), realizando um extenso trabalho de reestruturação. Com a transferência da sede da Confederação Nacional das Ligas Católicas para Campos dos Goytacazes (RJ), permaneceu naquela cidade até outubro de 2001, retornando em seguida para Curvelo. Padre Mário carrega consigo uma candura peculiar, aliada a um tratamento doce para com todos que o procuram para uma palavra amiga.
- Como se sente chegando aos 91 anos, com boa saúde física e mental?
Padre Mário Ferreira Gonçalves - Estou nas mãos de Deus. Por isso vou vivendo com naturalidade, agradecido com a saúde que Ele me concede mental e física.
- Quais fatores o senhor acredita que colaboraram para que chegasse a esta idade firme e forte?
- Vivendo uma vida desde seminarista menor, sempre me dedicando à ginástica, durante as andanças nos diversos passeios que eram proporcionados, principalmente nas férias. Acredito que até mesmo exagerava.
- Como lidar com as limitações naturais com o avançar da idade?
- Aceitar com naturalidade e contar com os remédios que a Dra. Marília Matoso me manda tomar (risos).
- Como é passar grande parte da vida em comunidade, como Missionário Redentorista?
- Para falar a verdade, é como o estudante jesuíta do século XVII, Beckmann, dizia: entre as vantagens naturais e de fraternidade, não é fácil por causa das diferenças de idade e costumes.
- Acredita ser importante, mesmo com as limitações, continuar celebrando?
- Somente deixarei de celebrar quando não me for mais possível. Infelizmente, não é mais prudente celebrar sozinho, mas com 65 anos de padre, já terei celebrado 26.663 missas (isso vem sendo anotado na minha agenda diária, o que facilita a anotação). Levo em conta essa possibilidade que o Senhor me dá para aproveitar tudo o que significa a Eucaristia para o sacerdote.
- A convivência com os confrades mais jovens ajuda a se manter motivado?
Sim, sem dúvidas. A presença, por exemplo, do Padre Anderson Trevenzoli, C.Ss.R., confirma o que digo.
- Como ter uma convivência gostosa e agradável com os padres mais jovens, apesar das diferenças que podem existir de uma geração para outra?
- Convivendo com naturalidade, como fomos vivendo pelos anos de seminarista e pelos anos afora.
- Deixe uma mensagem de fé para os leitores do informativo “A Caminho com São Geraldo”.
- É desejo meu contribuir com os artigos nesse informativo, enquanto der conta. Nos “murais” da nossa Basílica, já coloco diversos artigos de revistas católicas ou não, principalmente com relação à vocação, não só a sacerdotal, mas também a que a maioria segue - a matrimonial.
Gostaria de ter conhecimento de críticas, positivas e negativas, se realmente aproveitados pelos leitores. Então vale a pena continuar.
Fonte: Edição de Julho do Informativo “A Caminho com São Geraldo” visita em http://basilicasaogeraldo.org.br
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