Muita esperança e muita alegria
- vocacionalredentor
- 28 de mai. de 2014
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A Comunidade Vocacional Santo Afonso (CVSA) está iniciando mais um ano de caminhada. Em 2014, 16 jovens vão conviver juntos na casa que fica no Bairro Mariano Procópio, em Juiz de Fora. Para Padre Américo de Oliveira, C.Ss.R, formador da CVSA, a solidariedade e a partilha ajudam no processo de crescimento e maturidade.
- Como o senhor está vendo o começo deste novo ano para a Comunidade Vocacional Santo Afonso?
Padre Américo - Nós iniciamos o ano com muita alegria, muita esperança. É um grupo relativamente grande, 16, um grupo bom, participativo, animado, de modo que eles trazem muita alegria para nós. Foi um grupo muito bem preparado pelo nosso Promotor Vocacional Padre Edson. É uma experiência muito positiva.
- Como é a relação dos que já estão com os novos que estão chegando?
- Os que já estão, em primeiro lugar, são referência para os novatos, ajudam, colaboram. A solidariedade e a partilha ajudam nesse processo de crescimento e de maturidade.
- Como o senhor vê a importância desta primeira etapa na caminhada vocacional dos meninos?
- A Comunidade Vocacional Santo Afonso é a primeira etapa de formação do processo de se tornar um Missionário Redentorista na Província do Rio de Janeiro. Então, podemos dizer que é a base, é o alicerce. Então, neste sentido, nosso lema é ‘Crescer e florescer como gente, na verdade, liberdade e responsabilidade'. Aqui nós trabalhamos o jovem em todas as dimensões: humana, espiritual, comunitária e acadêmica, para que, de fato, ele possa crescer como gente e se tornar um Missionário Redentorista. É uma etapa essencial no processo de formação.
- O senhor está há nove anos à frente da CVSA. Neste período, sentiu uma mudança, de uns anos pra cá, nas características dos jovens que despertam interesse pela vocação religiosa, nas experiências de vida, na visão de mundo?
- Com certeza. Cada grupo traz as suas características, que também dependem da história familiar, do nível de estudo. Muitos desafios são encontrados. É uma juventude muito aberta para se trabalhar, solidária, participativa, mas, ao mesmo tempo, tem as dificuldades próprias de cada um.
- Como o senhor vê a importância de se ter um ano dedicado às vocações?
- O Ano Vocacional Redentorista quer, em primeiro lugar, levar todos a rever a sua vida e se perguntar qual o chamado de Deus, independente de ser padre ou ser Irmão Redentorista. Em primeiro lugar, como cristãos, como missionários. E também queremos lançar cada vez mais a proposta do nosso carisma redentorista. Por isso, é muito importante trabalhar este tema com a nossa juventude, com as nossas comunidades, nossos santuários, porque a maioria vem de outras regiões. Então, cabe a nós, redentoristas, zelarmos ainda mais pela questão vocacional em nossas paróquias e santuários.
- A maioria ainda vem de cidades pequenas?
- Sim. A cidade grande ainda é um desafio para nós. Todo o processo de evangelização e missão.
- Qual o maior desafio hoje em relação à vocação sacerdotal e religiosa?
- Acho que cabe a nós, redentoristas, divulgarmos mais o nosso carisma, sermos cada vez mais abertos para os jovens. Isto acontece, mas é sempre um desafio. Quanto mais o jovem conhecer a nossa vida, conhecer a nossa obra, a nossa proposta, isso vai trazer motivação e também fazer esse processo de seguimento.
- O jovem hoje tem uma visão de mundo muito ampla, com muita informação. Esta talvez seja também uma dificuldade para se escolher a vocação religiosa, num mundo cercado de possibilidades?
- São muitas possibilidades e talvez isso acabe trazendo uma maior consciência de que a vocação é um ato de liberdade e escolha. Que bom que o jovem tem muitos caminhos e pode fazer uma escolha. Então, a vocação sacerdotal e religiosa é uma escolha livre, consciente, como também de outras possibilidades que poderia seguir.
- Que recado o senhor daria hoje, aos jovens, com relação à vocação como chamado à santidade?
- Em primeiro lugar, responder a Deus este chamado de sermos santos e seguirmos a Jesus Cristo, começando na sua comunidade, participando da Igreja. Depois, também, respondendo aos desafios que a sociedade nos apresenta. Quantas pessoas precisam da nossa colaboração, do nosso apoio! Então, antes de pensar numa vocação específica, responder ao chamado de Deus de ser um bom cristão, atuante, missionário em sua comunidade.
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