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Advento: é tempo de sonhar de novo

  • vocacionalredentor
  • 27 de mai. de 2014
  • 2 min de leitura

“Quando éramos pobres e eu menina Era assim o Natal em nossa casa: Quatro semanas antes A palavra ADVENTO sitiava-nos, Domingo após domingo”[1].


Com estas linhas do verso “lapinha” de Adélia Prado temos uma bela descrição da dinâmica do tempo litúrgico que estamos vivendo. De fato, a palavra ADVENTO, cujo significado evoca uma espera alegre e contagiante toca nossas esperanças mais profundas e nos sitia no dizer de Adélia, enquanto esperamos aquele que vem despido de todo seu poder e esplendor, como uma criança frágil e pobre à primeira vista, mas aos olhos da fé, a encarnação da potência absoluta: “Hoje nasceu para vós o salvador” Lc 2, 11.


A chegada do menino-Deus, o paradoxo central da fé cristã, a encarnação da potencia absoluta em uma frágil criança tão precária, mas tão pulsante de vida, rompe com o nosso cotidiano reto, uniforme e ordinário, como também todas as decepções, lutas e medos que vivenciamos no dia-a-dia, e nos projeta para a máxima novidade, nos permite achegarmos e sentirmos o maior gesto da delicadeza de Deus:


“Porque o MENINO estremecia no feno e nos compadecíamos de Deus até as lágrimas”[2].


No ADVENTO experimentamos o já e o ainda não, a certeza de que a nossa esperança foi realizada, o desejo da paz duradoura, da abundância e da fartura em nossas mesas, o fim das cercas, dos muros da divisão e exclusão, e o sonho de uma humanidade reconciliada reunida como uma só grande família finalmente foi concretizado no maior gesto de delicadeza possível: “... encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura” Lc 2, 12.


“Olhando a manjedoura, o que eu sentia - sem arrimo de palavras – era o que eu sinto ainda: ‘o desejo da esbeltez será concretizado’. À luz que não tolera excessos, o musgo, a areia, a palha cintilavam, a pedra. Eu cintilava”.[3]


Que nesse tempo do ADVENTO possamos renovar o coração, e como uma criança que se maravilha diante de um presente tão esperado, deixar-nos tocar pela grandiosidade do mistério que invade o coração daqueles que professam sua fé no Cristo Senhor e também daqueles que mesmo sendo de outras tradições, ficam extasiados com a novidade de um Deus feito criança, o Deus que veio visitar o seu povo e trouxe a paz, o amor, a esperança.


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[1] PRADO, Adélia: Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991, p. 258.


[2] Idem


[3] Ibidem


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Rodrigo Costa Silva

Pré-noviço / Província do Rio


Fonte: www.provinciadorio.org.br

 
 
 

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